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17/12/2013 |
A história do rodeio em Barretos |
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A história do rodeio em Barretos
A história de Barretos se confunde com o rodeio brasileiro. Até 1955, Barretos era uma pacata cidade que tinha na pecuária sua principal atividade econômica. Passagem obrigatória dos "corredores boiadeiros", como eram conhecidas as vias de transporte de gado entre um estado e outro, Barretos era sede também do Frigorífico Anglo, instalado em 1913 e de propriedade da família real inglesa, suas instalações lembram uma autêntica vila inglesa. Era na época o maior da América Latina. Mas eram os peões das comitivas, que reunidos para descansarem, acabavam criando mil maneiras para se divertirem. E como não podia deixar de ser, nestes encontros tentavam mostrar suas habilidades na lida com o gado. Nesta época era freqüente em Barretos a vinda de dançarinas de cabarés franceses para entreter fazendeiros e os peões de comitivas.
Em um sábado de 1947, na quermesse realizada pela Prefeitura Municipal de Barretos, na praça central da cidade, acontece o primeiro rodeio do país, realizado dentro de um cercado com arquibancadas.
E foi assim, que em 1955, nasceu numa mesa de bar, OS INDEPENDENTES. Um grupo de rapazes solteiros e auto suficientes, como era a regra, ligados a agropecuária local, teve a idéia de promover festas inspiradas na lida das fazendas, com o objetivo de arrecadar fundos para as entidades assistenciais da região. Um ano depois, em 1956, foi lançada a 1ª Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos. Sob a lona de um velho circo, surgiu o modelo do evento rural de maior sucesso do país atualmente. Já na primeira festa, a principal atração foi o rodeio. E os mesmos peões que passavam meses viajando pelos estados brasileiros, agora eram estrelas da festa do peão de Barretos.
Ninguém poderia imaginar que a partir daquele ano a história dos peões de boiadeiro mudaria para sempre, e que o destino de Barretos seria o de se tornar a capital do rodeio brasileiro. Tudo que ali era realizado servia como modelo para outras cidades que também começavam a promover suas festas.
O resultado foi que na década de 60 o número de eventos ligados ao rodeio no Brasil havia crescido muito, principalmente no estado de São Paulo. Muitos peões acabaram se transformado em competidores e corriam de uma festa para outra atrás dos prêmios. Mas era em Barretos que todos tentavam a "sorte grande". A cada ano a Festa de Barretos crescia. Em 1960, já era conhecida em todo o país. O Festival do Folclore de Barretos contava com a participação de países da América do Sul como Argentina, Uruguai, Paraguai, assim como várias regiões do Brasil.
Mais da Festa ( Veja o que foi dito sobre a Festa de Barretos em uma tese de Doutorado)
Queima do Alho
A queima do alho é tradição na Festa do Peão de Boiadeiro de Barretos. Trata-se de um concurso culinário em que o vencedor é o cozinheiro que prepara a melhor refeição à moda dos tropeiros, no menor espaço de tempo. O prato é composto de arroz carreteiro, feijão gordo, paçoca de carne e churrasco. A comida é feita em fogão improvisado, bem próximo ao chão. O concurso é realizado sempre no segundo sábado da Festa, apenas para convidados e imprensa.
Catira
A catira faz parte do folclore da Festa. A primeira apresentação da dança, em Barretos, foi na década de 50, na praça Francisco Barreto. Tipicamente brasileira, a catira tem suas raízes em Goiás, norte de Minas e interior de São Paulo. A coreografia é executada em sua maioria por homens - lavradores, boiadeiros e comerciários e é formada por seis a dez componentes, mais uma dupla de violeiros, que tocam e cantam a moda. Durante a dança, os violeiros ficam frente a frente. Os demais participantes executam a coreografia em que realçam o bate-pé e o palmeado. O Clube possui o grupo de catira Os Independentes, composto por 8 catireiros.
Concurso do Berrante
O Berrante é um instrumento feito de chifre de boi e detalhes em couro. Utilizado pelos peões de boiadeiro. Ele emite sons agudos e graves, e cada toque é uma senha avisando a hora do almoço, o toque de recolher, toque de perigo e orienta o sinueiro (boi que comanda a boiada, boi experiente, esperto). Hoje, embora nem tanto utilizado para esta finalidade, o berrante ainda encanta os turistas e visitantes da festa. Conseguir tirar um belo som do berrante exige muita habilidade do berranteiro. Anualmente é realizado o Concurso do Berrante que elege e homenageia os melhores berranteiros do país. A exemplo da Queima do Alho o Concurso do Berrante é realizado sempre no segundo sábado da Festa, no Ponto de Pouso, que acontece junto com a Queima do Alho.
Violeira Rose Abrão
A Violeira surgiu há 19 anos como um incentivo aos violeiros anônimos que se apresentavam em diversos locais da Festa do Peão de Boiadeiro. Sensibilizados com o crescimento e aceitação da cultura popular, especificamente a "Caipira", Os Independentes resolveram criar um Festival de Moda de Viola com a finalidade de descobrir novos valores para este segmento musical. Como resultado do bom trabalho realizado a Violeira consegue hoje mobilizar compositores profissionais a participarem do evento. Segundo a opinião de grandes compositores como Tião Carreiro, João Pacífico e Lourival dos Santos, a Violeira é um festival de alto nível e vem melhorando a cada ano.
O Parque do Peão
Inaugurado em 1985, o Parque do Peão é um espaço único no Brasil. Um local especialmente concebido para abrigar a maior Festa de Rodeio do mundo, e que a cada ano ganha novas atrações.
Localização: Rodovia Brigadeiro Faria Lima, km 428
Área: 1,3 milhões de metros quadrados
Capacidade da arena: 35.000 pessoas sentadas
Projeto arena: Oscar Niemeyer
Estacionamento: 121.000 metros quadrados
Estacionamento de ônibus de turismo: capacidade para cerca de 1000 ônibus por dia
Camping: 21.000 metros quadrados
Ponto de Pouso: 1.500 metros quadrados instalados em uma reserva florestal de 24.200 metros quadrados
Rancho do Peãozinho: 30.000 metros quadrados de área útil
Berrantão: Pavilhão coberto de 1.800 metros quadrados
Banheiros: 330 fixos, sendo 10 para deficientes
Telefones públicos: Espalhados por todas as "ruas" do Parque
Atendimento médico: Unimed, com infra-estrutura para realizar até pequenas cirurgias.
Atendimento dentário: Uniodonto
Atrações do Parque do Peão
Estádio de Rodeio; projetado por Oscar Niemeyer, acomoda 35 mil pessoas sentadas. É o palco de realização dos circuitos de rodeios e do Barretos International Rodeo, além de abrigar os megas shows.
Ranchos Típicos; propriedades particulares instaladas dentro do Parque do Peão, apresentam projetos arquitetônicos originais e que reproduzem características de construções da região barretense. São utilizados durante o ano todo para vários tipos de eventos.
Ponto de Pouso (Queima do Alho); reproduz o ambiente usado pelos peões para o descanso e pernoite, com construções rústicas que recriam o clima sertanejo. No Ponto de Pouso da comitiva é servido o almoço, tendo como cardápio a Queima do Alho, culinária típica boiadeira cujo cardápio é constituído de feijão gordo, arroz carreteiro, paçoca de pilão e churrasco feito na chapa, além dos vários condimentos típicos, como o próprio alho.
Feira Comercial; local onde são instalados os estandes das empresas patrocinadoras e expositoras do evento. Ali acontecem de grandes a pequenos negócios, entre venda de produtos diretamente ao consumidor ou divulgação de marcas. Cada estande prepara suas próprias atrações, enriquecendo ainda mais o espetáculo para o público que circula pela feira.
Berrantão; único salão climatizado para realização de eventos de médio porte durante o ano e, especialmente na Festa, é utilizado para os bailes, shows folclóricos e apresentações artísticas variadas.
Palco da Esplanada; palco ao ar livre, montado para receber grandes shows e que desde o ano de 2002 ganhou maior infra-estrutura e novo local - ao lado do Rancho Memorial Os Independentes. Capacidade estimada para um público de 25 mil pessoas.
Rancho Memorial Os Independentes; construído em formato que homenageia a lona de um circo, em citação a primeira festa do peão realizada sob este tipo de lona, o prédio abriga o Museu em homenagem ao peão de boiadeiro de a sua história.
Rancho do Peãozinho
Especialmente desenvolvido para a garotada, o Rancho é uma atração a parte na Festa, que mostra a cultura e o folclore sertanejo em uma área de 30 mil m². Ali acontecem atividades diversas e especialmente voltadas às crianças, tais como: oficinas de arte com pintura, desenho, artesanato e teatro.
Dentro do Rancho do Peãozinho funciona também um projeto desenvolvido pela Unesp, onde os pequenos podem ver e tocar os animais da fazenda, como vaca, cavalo, pônei e carneiro, além de acompanhar toda a rotina. No ano de 2002 o Rancho do Peãozinho ganhou a atração de animais silvestres em habitat que simulam sua própria morada.
Completando a animação, a garotada participa de brincadeiras típicas da fazenda como a corrida da galinha e do leitão, montaria em carneiro, toca da coruja, passeios de pônei e a cavalo, além de gincanas com animais.
Cerca de 250 voluntários do grupo JOCUM - Jovens com uma missão, atuam no monitoramento das crianças. Um acampamento do Grupo de Escoteiros Os Independentes - com cerca de 250 integrantes - desenvolve diversas atividades como jogos, canções, exposições com diferentes tipos de fogueiras, mesas, toldos, mastros e comidas mateiras (massas recheadas, pão a caçador) preparadas pelos escoteiros. |
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Autor: http://www.independentes.com.br/pt-br/rodeio/historia-do-rodeio / http://www.novoguiabarretos.com/paginas/festa%20do%20peao.html |
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